Reprodução de imagem: Gov.MA
Com foco na desarticulação financeira de organizações criminosas, teve início nesta segunda-feira (9) o Curso de Inteligência Financeira, promovido pelo Centro de Ensino e Pesquisa em Inteligência, órgão vinculado ao Centro de Inteligência de Segurança Pública. A capacitação reúne 25 profissionais das forças de segurança do Maranhão — entre policiais civis, militares e bombeiros — e representa mais um passo estratégico no enfrentamento ao crime organizado no estado.
A iniciativa aposta na formação técnica como ferramenta essencial para combater crimes como lavagem de dinheiro, ocultação de bens e financiamento de atividades ilícitas, especialmente no contexto do narcotráfico. A aula inaugural contou com a presença do secretário de Segurança Pública, Maurício Martins, e da diretora do Fundo Nacional de Segurança Pública, Camila Pintarelli, que cumpre agenda oficial no estado.
Durante a semana, os participantes vão aprofundar conhecimentos em temas como aspectos fiscais e patrimoniais das atividades criminosas, tecnologias aplicadas à análise financeira, além do estudo de casos reais. A programação inclui ainda treinamento em interpretação de dados bancários e no rastreamento de fluxos financeiros ilícitos — pontos-chave para enfraquecer economicamente facções e grupos envolvidos com o tráfico de drogas.
Segundo o coordenador do Centro de Ensino e Pesquisa em Inteligência, Claudio de Jesus Silveira, a estratégia de atingir o núcleo financeiro das organizações tem se mostrado eficaz no Maranhão. “A proposta é integrar conhecimentos em inteligência financeira, análise de movimentações bancárias e uso de tecnologias, tornando a atuação dos profissionais mais estratégica e eficaz no combate ao crime organizado”, destacou.
Com duração até sexta-feira (13), o curso reforça diretamente a atuação das forças de segurança no estado. Para o Governo do Maranhão, investir na capacitação dos agentes é fundamental para identificar rotas do dinheiro ilícito, bloquear ativos e descapitalizar organizações criminosas, atingindo em cheio a base financeira que sustenta atividades como o tráfico de entorpecentes.
A formação faz parte de uma política mais ampla de repressão qualificada às redes criminosas e tem contribuído para ampliar os resultados das operações realizadas pelas forças de segurança pública.
