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Empresário é condenado por matar adolescente com moto aquática no rio Balsas

Imagem de reprodução: Internet

Welington Paredes Lavesso recebeu pena de dois anos e oito meses de prisão, mas vai cumprir em liberdade com prestação de serviços e indenização de R$ 51.800 à família da vítima

O empresário Welington Paredes Lavesso foi condenado, nesta quinta-feira (10), pela morte do adolescente Jônatas Nogueira da Silva, de 17 anos, após um atropelamento com moto aquática ocorrido no rio Balsas, em maio de 2022. Após mais de 12 horas de julgamento no Tribunal do Júri, Welington foi sentenciado a dois anos e oito meses de prisão, mas a pena foi convertida em prestação de serviços à comunidade e no pagamento de R$ 51.800 de indenização à família da vítima.

O caso gerou forte comoção na cidade à época e voltou a repercutir após a decisão judicial que mantém o réu em liberdade. Jônatas, estudante e morador de Balsas, foi encontrado morto dois dias após o acidente. Segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi traumatismo craniano.

Durante o julgamento, o Ministério Público defendeu a tese de dolo eventual, argumentando que o empresário conduzia a moto aquática em área destinada a banhistas, assumindo o risco de causar um acidente fatal. A defesa, por sua vez, sustentou que não havia elementos nos laudos que comprovassem a intenção de matar, e conseguiu convencer o júri a reconhecer o crime como homicídio culposo, quando não há intenção.

Apesar da condenação, familiares e amigos de Jônatas demonstraram insatisfação com o resultado do julgamento, considerando a pena branda diante da gravidade do ocorrido. “Esperávamos justiça de verdade. Dois anos e ele vai continuar solto”, desabafou um parente à saída do fórum.

Caso motivou mudança na legislação municipal

A morte de Jônatas levou à criação da Lei Municipal de Zoneamento do rio Balsas, que passou a regulamentar o uso da área para lazer e esportes náuticos. A norma estabelece limites de velocidade e áreas exclusivas para embarcações e banhistas, com o objetivo de evitar novos acidentes como o que vitimou o adolescente.

Mesmo após a regulamentação, o caso permanece como um marco na luta por mais segurança nas áreas de lazer do município. A decisão judicial, apesar de encerrar o processo penal, deixa feridas abertas na comunidade, que ainda clama por medidas mais rigorosas e maior fiscalização nas águas do rio Balsas.

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